terça-feira, 8 de junho de 2010

De volta aos clássicos...

O filme da vez é "Uma rua chamada Pecado" (A streetcar named Desire - 1951), direção de Elia Kazan (o mesmo de Sindicato dos ladrões). É sempre bom ver um filme antigo...pelo menos é o que eu acho. Podemos notar a atuação ainda teatral de uma Vivien Liegh (E o vento levou...), já madura nos seus 40 anos e ainda bela e loira. Revisitamos o estilo preto e branco, mesmo quando o technicolor® já pintava muitos filmes e inovava assim como o 3D nos dias de hj, desde "O mágico de Oz". Mas uma coisa permanece, o talento fenomenal de Marlon Brando em ascendência, em seu segundo filme, aos 27 anos de idade, lindo, como só ele foi, e na atuação orgânica e natural que o consagrou. Seu personagem Stanley, mexe com nossos sentidos, bem como mexe com a personagem de Liegh, Blanche Dubois, irmã da mulher de Brando, que se refugia em sua casa, por não ter mais pra onde ir. Stanley é sensual, bruto, e um homem desprezível, da pior espécie, do tipo que faz, como diz Blanche, crueldades gratuitas, e sua cunhada é a que mais paga por isso. Um grande filme, chocante. Na época teve 3 min do corte final censurados, cenas tensas de insinuação sexual às quais hj para a nossa percepção, mal percebemos no filme atual remasterizado e sem censura. Um grande filme.

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