quinta-feira, 17 de junho de 2010

Brasil arrasando

Desde Cidade de Deus não assisto a um filme com um roteiro tão bem '"bolado". Quando se fala de Cinema brasileiro pensa-se em um grande percurso à nossa frente, em matéria de técnica e tradição ainda temos que correr muito atrás, mas talento com certeza não nos falta, e que mesmo assim, como tudo referente à cultura e esporte no Brasil, exige um esforço sobre humano para se fazer valer, e acontecer. Lutamos contra o nosso próprio preconceito, uma vez que nós brasileiros torcemos o nariz para filmes nacionais, não que isso seja despropositado, por que como já disse, ainda temos muito a aprender com os gringos, até mesmo com os hermanos aqui ao lado (vide "O segredo dos seus olhos" da Argentina), mas como uma cultura ascendente que se preze, a nossa cultura cinematográfica vem juntando feras nos últimos anos, muitos sobrevivendo da Publicidade, mas sempre perseverando no sonho do Cinema, trabalhando com o que têm. A inspiração de hoje é "Estômago" (2008), com direção de Marcos Jorge e roteiro brilhante baseado em argumento de Lusa Silvestre e Marcos Jorge, escrito por uma equipe:Lusa Silvestre, Marcos Jorge, Cláudia da Natividade e Fabrizio Donvito. Mais uma vez temos a prova do esforço, mais do que artístico, principalmente técnico do roteiro cinematográfico, um esforço conjunto de aperfeiçoamento, para que se possa chegar ao resultado de um filme, como Estômago. A partir disso temos também uma direção de atores maravilhosa, com o protagonista veterano do Cinema, João Miguel, um coadjuvante surpreendente por Carlo Briani e especialmente uma ótima atriz no papel de par romântico do "Paraíba", "Alecrim","Nonato" e os diversos nomes desse protagonista dessa grande história. Uma trilha sonora muito boa, que dá personalidade ao filme, e ótima fotografia. Mais um dos bons do cinema nacional, pra nos encher de orgulho e irmos aos poucos nos desfazendo desse auto-preconceito.

Ver também: Cidade de Deus (2003), dirigido não somente por Fernando Meirelles, como poucos sabem, é co-dirigido de igual por igual por Kátia Lund que saiu mal na partilha, totalmente esquecida. Roteiro de Bráulio Mantovani, baseado em romance de Paulo Lins. O melhor filme brasileiro dos últimos tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário