terça-feira, 29 de outubro de 2013

O que as mulheres querem?


O que as mulheres querem? Uma pergunta recorrente, seguida de riso e ceticismo. Até mesmo nós não sabemos, na maioria das vezes. Sem contar que essa é uma pergunta muito abrangente para questões tão complexas. É tanta coisa e ao mesmo tempo, tanta coisa simples, detalhes. Delicadezas. Eu não sabia muita coisa sobre mim mesma até assistir ao filme “A Delicadeza do amor” (2011 - David Foenkinos , Stephane Foenkinos), um roteiro adaptado do livro do diretor, David. Estrelado por Audrey Tautou (não vou dizer a eterna Amelie Poulin, mas disse.), esse filme veio em um domingo à tarde como uma brisa suave, um drama carinhoso sobre o amor, um passeio por Paris, quem declinaria a um convite como esse? Só que o passeio se transformou em uma jornada maravilhosa e dura ao mesmo tempo, especialmente no final. Não entrarei em detalhes para não estragar o passeio de outras pessoas. Volto então à minha primeira indagação: o que as mulheres querem, o que nós todas queremos? Nós queremos interesse. Não um interesse puramente de sexo, isso também queremos, mas existe uma transcendência, nós queremos um interesse de mergulho, de conhecimento profundo de nós mesmas. Nós queremos ser desvendadas, ou apenas que esse "desvendamento" incompleto, um work in progress, seja a razão da vida de alguém. Parece muito? Pra nós isso é natural, somos educadas para encontrarmos um homem a quem devotemos nossa vida. Gostamos, sentimos prazer em descobrir cada detalhe da vida desse escolhido, os pequenos e maravilhosos detalhes que fazem uma pessoa ser o que ela é. Conhecimento. Amor profundo. É só, e é tudo isso que queremos.

Ah, e o escolhido da personagem de Audrey, Nathalie, é um cara desajeitado, meio esquisito, e ela é julgada por isso, sua escolha não faz sentido para as pessoas. O que eu admiro nela é o reconhecimento, saber que aquele momento é único, aquela atração sem explicação, além da moral, do costume, do "tipo" que ela considerava ser seu. É preciso grandeza e coragem para se permitir ser desvendada, essa é outra questão.
Ao amor não se indaga, ao amor você diz sim!! E agradece, com muitas exclamações, por que ele não passa duas vezes.