sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O melhor filme do ano

Life is hard.Life is short.Life is painful.Life is rich. Life is PRECIOUS. Esses são os preceitos que regem o trailer de Preciosa (2010), com uma trilha rapper americana ao fundo.

Muitos podem relutar ao depararem-se com um filme produzido por Ophra Winfrey, sem glamour aparente, e tendo como protagonista uma negra com obesidade mórbida. Os poucos nomes famosos no filme, ficam a cargo dos não-atores Lenny Kravitz como o enfermeiro bonitão e uma Mariah Carey desnuda de maquiagem que realmente comove. É o que encontramos nessa história sobre uma adolescente de 16 anos, grávida pela segunda vez de seu próprio pai. A mãe, a antagonista repugnante, rancorosa, que contrariando todas as leis humanas, ao invés de defender a filha do pai agressor, sente inveja por ser preterida nesse triângulo doentio, está genial na pele da apresentadora americana M'onique que rouba a cena. A iniciante estelar Gabourey Sidibe, a Preciosa do título, já marca o cinema como uns dos personagens mais apaixonantes de todos os tempos. Ela encarna a heroína de um tempo, aquela mulher que apesar de tudo, consegue seguir em frente, lutar pelos seus sonhos e ainda criar dois filhos.

Explicando assim parece que temos a receita perfeita para um passo a passo de Auto-ajuda. Longe de mim não concordar com isso, mas acontece que esse tipo de "auto-ajuda", termo a respeito do qual muitos torcem o nariz, é necessário, e quando confeccionado dessa forma estonteante como fez o diretor Lee Daniels, só deve servir como modelo para os meios competentes de comunicação, com o bônus do excelente trabalho de edição de Joe Klotz . Trata-se da mensagem q é mandada e o público que ela alcança, e eu só posso me sentir grata por saber que a mensagem de Claireece "Preciosa" Jones seja entregue ao maior número de pessoas.

Ficha Técnica:

ttítulo original:Precious: Based on the Novel Push by Sapphire
gênero:Drama
duração:01 hs 50 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.weareallprecious.com/
direção: Lee Daniels
roteiro:Geoffrey Fletcher, baseado em livro de Sapphire
música:Mario Grigorov
fotografia:Andrew Dunn
direção de arte:Matteo de Cosmo
figurino:Marina Draghici
edição:Joe Klotz

Dica: A cor porpúra (1985). Drama. Direção de Steven Spielberg, estrelando uma Whoopi Goldberg que ainda não conhecia a comédia e surgia reluzante de uma bela e trágica história baseada no livro homônimo de Alice Walker, também sobre uma adolescente, mãe de dois filhos, violentada pelo pai.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Marco Zero

Começo esse blog em questão, seguindo a linha descritiva em primeira pessoa e muitas digressões do Sinceros Devaneios (http://sincerosdevaneios.blogspot.com), com a citação de um sujeito simples, obeso, e no mínimo inovador do cinema de entretenimento de qualidade, Kevin Smith:

"Filmes como ‘Fletch’ eram um modelo para mim. Não curam o câncer cerebral, mas descem bem, como um bom milk-shake. Durante anos fiz filmes como se fossem remédios."


Ta ai a figura.

Kevin Smith não é o meu diretor preferido, talvez não esteja nem entre os dez mais, mas lembrei-me dele com carinho ao reencontra-lo na internet, sendo (bem) criticado em um blog. Os filmes dele, tais como "Procurando Amy", "Os balconistas", são aparentemente fúteis e vulgares, mas olhando bem encontramos tiradas ótimas de humor na superfície, bem estruturadas por diálogos sagazes que conseguem capturar de forma interessante o (nosso) pensamento jovem dessa época. . Vale lembrar que é de autoria desse americano de New Jersey os roteiros de todos os seus filmes, o chamado filme de autor, e ele é um bom exemplo de cinema que acrescenta, sem ser massante ou/e intelectualóide.

Dica: "Dogma" (1999) Diretor Kevin Smith - sobre dois anjos rebelados (Ben Afleck e Matt Damon), com participações interessantes que vão de Salma Hayek a Alanis Morissette.

PS1: Alguns esclarecimentos: Tentarei fazer os post mais concisos para a leitura, sempre com uma dica de filme similar ao assunto da postagem no final.

PS2:Operação Kino foi o nome escolhido em homenagem simultânea à operação que rege o roteiro do filme Bastardos Inglórios de Quentin Tarantino e à língua alemã no "Kino", que é cinema, o lugar físico mesmo onde se assiste à projeção.

PS3: O poster ai em cima, como podemos ver na inscrição do sabonete que Tyler Durden na pele de Brad Pitt segura, é do Clube da Luta. Está ai simplesmente por ser meu filme preferido de todos os tempos.