quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os inevitáveis finais

Sempre que eu assisto aos chamados filmes de ação eu me lembro do meu pai. Lembro que ele gritava "que marmelada!", de 10 em 10 minutos, e aquilo era engraçado. Homens comuns, ou "tiras" saltavam de helicópteros, ou recebiam dezenas de socos na cara e mesmo assim continuavam na luta, tiros que nunca acertavam o heróis, dentre outros acontecimentos. Todos conhecemos as fórmulas e aprendemos a apreciar o gênero, até o meu pai que mesmo argumentando sobre a tal da marmelada, continuava pagando pra ver quanto tempo o Bruce Wills ou o Denzel Washington iriam aguentar o time de vilões, e eles sempre aguentavam. Até chegar uma dupla de irmãos para revirar todo esse modelo. O mais velho deles, Christopher, ja é bem conhecido por ai, ele nos entregou filmes maravilhosos como Amnesia, Inception e nesse ano a maior trilogia dessa última década (ouso dizer?). É claro que sempre teremos Coppola, Al Pacino, Brando e De Niro para rever a maior de todos os tempos, mas a saga do Batman é algo que faz uma despretensiosa cinéfila como eu refazer os votos de amor à telona. Voltando aos irmãos, temos além de Christopher, Jonathan Nolan, o roteirista. Eu vou me conter ao ultimo filme da saga, The Dark Knight Rises (2012). Quem estuda roteiro sabe que filmes são feitos de obstáculos, conflitos. Postos os obstáculos, temos os personagens, o protagonista e como, em coerência com toda a sua construção de caráter, vai conseguir transpor esses obstáculos. Eu não direi muito mais que isso, mas agora recém saida do dia dos Pais, eu desafio o meu velho a assistir a esse filme, eu o desafio a achar uma marmelada sequer, por que é impressionante o que esse roteirista, em parceria com esse diretor, fizeram com esse dito blockbuster. Dá gosto. Post escrito em agosto/2012.

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