quarta-feira, 12 de maio de 2010

Puro sentimento

Vale a pena relembrar quão pequeno somos, e como precisamos de pouco para sermos felizes. Volto-me para a década de 40, em meio à segunda grande guerra, longe dos canhões, perto das reais mazelas e bombas sociais, onde se passa a história de Vittorio de Sica, diretor de Ladrões de Bicicleta (1948 - Ladri di Biciclette). Um filme dos bons de guerrilha, com quase nada de orçamento, uma direção maestral de atores amadores, e uma história que toca na sua simplicidade, e no alvo direto que se aloja na nossa moral e auto estima humana, na reflexão de até onde podemos ir na necessidade. Olhares, detalhes, isso que faz um cinema de qualidade, coisas que infelizmente passam despercebidas, ou se supervalorizam e plastificam-se no nosso atual cinemão tecnológico.

Ver também: Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso - 1988), direção de Giuseppe Tornatore, passa-se após a Segunda Guerra, nos anos que antecederam a chegada da televisão, quando o cinema hipnotizava a maioria das pessoas. Sobre a amizade de um garoto e um senhor projecionista, que surge do e no cinema. Maravilhoso!

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