terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Desanimador

Houve um tempo em que os mocinhos eram realmente bons e justos e gentis. Em que os personagens tinham sucesso nas narraivas, ou pequenas vitórias no decorrer do enredo. Nesse tempo o açucar quase escorria da tela, com amor e uma boa lição no tal do happy end. Eu sinto falta desse tempo. Estamos em um época complexa (=chata), temos questões e nossa felicidade depende de uma linha abstrata de racíocinio, hoje nao adianta muito pagar as contas, hoje temos que estar apaixonados pelo nosso oficio, ou pelo menos tentar nos apaixonar, e é nessa tentativa que vivemos. Encontrar o amor de nossas vidas é penoso, a gente se dá mal muitas vezes também. Somos humilhados. Eu concordo com isso, mas por que eu sinto que os filmes de hoje só falam sobre isso? Ou melhor, por que assistimos sucessivamente a um desfile de protagonistas fracassados, ou incapazes de amar? É bonitinho e suscita empatia quando é meio Bridget Jones, é o que queremos a um tempo, personagens reais, com falhas, personagens humanos, mas é o segundo filme que eu assisto em pouco tempo, daquele tipo feel good (ou pelo menos vendido como tal nos trailers), mas que na realidade são o oposto. Esses filmes têm me deixado em situações diversas de constrangimento e pena. E o pior de tudo, eu nao me inspirei com eles, eu nao vi saída, senão o consequente desânimo. Se isso faz sucesso, temo dizer que a sociedade tornou-se sádica. Eu prefiro evitar a dor constante e isenta de beleza a que esses mocinhos e principalmente mocinhas tem se colocado.

O filme que eu esperava ansiosa para ver no Cinema é "Missão madrinha de casamento" (Bridesmaids - 2011), com roteiro da protagonista e comediante do programa "Saturday Night Live", Kristen Wiig, e Annie Mumolo e direção de Paul Feig. Não sei dizer se o pecado estava no roteiro ou na direção, mas acho que nesse caso um não isenta o outro, uma pena.

Ver uma boa comédia da temática casamento: "O casamento do meu melhor amigo" (My best friend´s wedding -1997), com direção de P.J. Hogan e roteiro de Ronald Bass. Julia Roberts e Cameron Diaz mais lindas do que nunca no embate por um Dermot Mulroney que perde o brilho perto do amigo gay Rupert Everett que rouba a cena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário