quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estudo sobre a Máfia

Em algum momento da vida apaixonei-me pelos maus elementos, e consequentemente pelos mafiosos. Não sei se exatamente nessa ordem, ou por algum resquício de sangue italiano (minha máfia preferida, e talvez a de todo o mundo), eu sou fascinada por esses caras ruins, mas que como princípio colocam a “famiglia” em primeiro lugar. Foram muitos os mafiosos retratados no cinema, teve o Scarface original de Howard Hawks de 1932, e o famoso remake sanguinolento de 1983, com Al Pacino no papel principal, e Michelle Pfeifer como a mulher de “malandro” típica, loira, linda, perdida no pó – vide também Sharon Stone em “Cassino” (1995), mulher do Robert de Niro - temos os “Bons Companheiros” (The Goodfellas – 1990), e também a maior trilogia de todos os tempos: The Godfather (O Poderoso Chefão – 1972 – 1974 e 1990). Os diretores responsáveis por esses sucessos recorrem no tema Máfia, que vamos combinar, é viciante. São eles os “padrinhos” do crime no cinema, respectivamente Brian De Palma, que depois do Scarface dirigiu os Intocáveis (1987), com a famosa sequência do carrinho de bebê na escada em homenagem a Sergei Eisenstein (O encouraçado Potemkin – 1925), um filme que particularmente não me encanta, e mais tarde ele arranha com um noir forçado em Dália Negra (2007), deu pra perceber que eu não sou lá muito fã do Brian. Citei Cassino, e juntamente com esse filme em Las Vegas, segue-se uma torrente maravilhosa de enredos nas ruas de New York em companhia de Robert de Niro, Joe Pesci, Hervey Keitel, Ray Liotta, Daniel Day Lewis e ultimamente até Jack Nicholson e Leonardo de Caprio, todos sob a batuta do rei do gênero Máfia em quantidade de realizações: Martin Scorsese. Pra quem não conhece, eu sugiro primeiro Casino e Bons Companheiros, gosto muito de Gangues de Nova Iorque, terminando com Os Infiltrados (2006) – tem Martin Sheen, tem Matt Damon, Alec Baldwin e Mark Wahlberg arrasando! Finalmente, para mim o grande mestre, antes de criminoso, novelesco que só ele e nos prende no sofá da sala durante um dia inteiro só para sentir um afeto imenso pelo líder que foi Vito Corleone no final e o desprezo suscitado pelo filho fraco mais velho do clã, Freddo (Marlon Brando e John Cazale - O Poderoso Chefão I), depois torcer pela sua ascensão no começo de tudo (Robert de Niro – O Poderoso Chefão II – única sequência que ganhou o Oscar de Melhor Filme), e depois acho que só pra matar a saudade, ver uma Sofia Coppola provando que como atriz é ótima diretora no futuro, assistir ao insosso (em comparação aos outros), O Poderoso Chefão III.

Ver também a nova geração da Máfia com Quentin Tarantino que foge da lógica construída até então, colocando muito rock, hamburger e papo furado na macarronada dos maus elementos, ver Cães de Aluguel (1992), ou também curtir uns mafiosos que não botam muito medo e ainda com um sotaque inglês de Guy Ritchie (era Madonna que era casada com ele e não o contrário), em Snatch – “Porcos e Diamantes” (2000), Brad Pitt impagável.

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