terça-feira, 9 de agosto de 2011

Allen x Bergman



E lá estava eu. Jogada no sofá tentando me preparar para a minha expedição especial no box ganhado de aniversário com os primeiros filmes escritos, dirigidos, e muitos dos quais estrelados por Woody Allen. De acordo com a minha recordação, à metade daqueles vinte e poucos dvds eu já havia visto. "Melinda & Melinda", o mais recente deles, data já de 2005, e impressionante pensar que muitos não tiveram a chance de entrar para a coleção, como o famoso pelas beldades "Vicky, Cristina, Barcelona", o último "Meia Noite em Paris", e o ainda na minha opinião, surpreendentemente maravilhoso, muito pela questão que me faz refletir, Match Point (isso é assunto pra outro post).
De todos os disponíveis para a minha primeira sessão, logo na capa eu vi a ex-esposa e uma de suas maiores musas, Mia Farrow. Ela estava de perfil, usava óculos e transparecia uma tristeza imensa. Eu logo pensei, essa é a minha escolha, por que se tem lugar onde se pode encontrar Woddy Allen ainda mais genial, é nos dramas.
"Setembro" (1987), na verdade, era mais uma das homenagens ao seu grande ídolo, o sueco Ingmar Bergman em sua "Sonata de Outono" (1978).
Ambas as histórias giram em torno de um grande rancor que filha subjagada sente pela mãe excêntrica e egoísta (em Bergman temos a "idosa" Ingrid Bergman, musa eterna de Casablanca). Duas mulheres com más recordações, nunca demonizadas ou santificadas,que tentam resolver sua tristeza da forma como conseguem a seu modo. Mais engraçado foi para mim, assistir à "versão" feita por um dos meus diretores preferidos, a partir da história de um autor tão profundo, que as vezes fica quase pesado demais, como Bergman.

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