quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bright Star

Ando longe dos filmes...há tempos não vejo algo que realmente me emocione e mexa com a minha vida, tirando as vezes em que torno a ver filmes avassaladores que se reconstroem com o tempo em meu imaginário. Ontem tampouco assisti a um filme que mexesse realmente com as minhas estruturas, mas pensei em ambicionar menos do Cinema, evitando o excesso do abalo que pode ser desnecessário frente às delicadas imagens de flores sutilmente postas como cenário de um romance. O que me fez voltar a escrever sobre algum filme foi Jane Campion, essa diretora neozelandeza de extrema sensibilidade. O filme em questão é "Brigh Star" (2009), que foi toscamente traduzido como "Brilho de uma paixão", digo tosco, (um pleonasmo praticamente para todas as versões brasileiras de filmes gringos), por que trata-se da história de amor vivida por uma aspirante a modelista no começo do séc X1X com quem é considerado hoje o maior poeta romântico de todos os tempos, John Keats. "Brigh Star" é o nome do poema que John escreveu para a sua musa, com a qual nunca conseguiu casar, por não ter renda e se entender até a sua morte como um fracassado. O filme mostra o campo inglês irretocável com seus figurinos de época e a primavera com suas borboletas e lilázes...mexeu comigo.

Mas para conhecer mesmo essa diretora, é preciso assistir à "O Piano" (1993), um dos filmes mais sensuais que eu já assisti, que se passa na própria terra natal da diretora em época de colonização inglesa, com a na época pequena Ana Paquin, vencedora do Oscar de melhor atriz, Hervey Keitel (amigo do Tarantino), Holly Hunter e Sam Neil.

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