quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Não tem erro - Almodóvar

Pra variar aluguei mais filmes do que eu poderia em relação ao tempo hábil para assisti-los, e ontém cansada depois de natação, trabalho e curso, fui certa na melhor escolha para o momento, um bom e velho Almodóvar. Dizem que precisamos nos surpreender com frequência, explorar o novo, e todas essas receitas ditas e reditas...Eu pessoalmente sinto um conforto imenso ao lançar mão do velho lugar comum, do terreno conhecido,(tudo isso no bom sentido), o que no cenário cinematográfico se resume em Woody Allen, Tarantino, e como na noite de ontém, ao espanhol mais quente de todos Pedro Almodóvar. O que gosto nesses caras é a sua autenticidade, eles são a personificação do que costumamos nos referir ao dizer "Eles não sabem brincar". Ele se encontram talvez em outra dimensão, outra história, não tem comparação...podemos apostar neles, que o resultado vem, e o engraçado é que eles dizem e redizem as mesmas histórias e personagens, apenas com algumas mudanças de foco, criando arte atrás de arte. Em Almodóvar, nesses tempos de metrópole, congestionamento e o tempo quase nulo no lar, me agrada a duração de seus filmes, que não saem muito dos 90". As cenas costumam ser curtas, e invariavelmente trágico/excêntrico/cômicas, não tem como se entediar. Você pode esperar ver freiras e tigres, sadicos adoráveis, travestis doces, drogados familiares, e tudo o mais na barca almodovariana. Dessa vez, em Ata-me! (Átame! - 1989), com direção e roteiro do próprio, temos Antonio Bandeiras moleque no papel de mais um adorável louco de Pedro Almodóvar, o herói que vai do patético apaixonado ao amante caliente. Em síntese, um orfão que sai do hospício e é apaixonado por uma atriz pornô drogada e a sequestra para fazê-la se apaixonar por ele. De resto mais um pouco do delicioso previsível Almodóvar...

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