segunda-feira, 26 de abril de 2010

Romance Verdadeiro/Romance de Verdade

Amor à queima roupa (True Romance - 1993) é um filme de Tarantino. Nessa época, o agora famoso diretor, ainda treinava a carreira que agora conhecemos, vendendo seus roteiros para conseguir verba para realizar seus próprios filmes. Em uma dessas empreitadas ele vendeu "True Romance" para ser dirigido por Tony Scott e na mesma época "Assassinos por natureza", para ser dirigido por Oliver Stone. Com esse dinheiro ele produziu, o que na minha opinião foi seu melhor filme, the very first: Reservoir Dogs (Cães de aluguel - 1992).

Toda essa introdução a respeito de Quentin Tarantino, que assina o roteiro do filme em questão, é pra enfatizar, a falta que eu sinto (com toda a unilateralidade de uma fã), da direção dele nos filmes que ele escreveu. Amor à queima roupa é um ótimo filme, e todos os ingredientes indispensáveis tarantinescos estão presentes, mas aquela nostalgia do maestro original permanece o tempo todo. Algumas cenas de violência, como é de praxe, passam do limite estético, ultrapassando uma linha violenta que está lá em Pulp Fiction, Kill Bill... mas nunca é invadida. Com Tarantino aprendemos um novo tipo de gênero de ação/entretenimento leve. A fórmula é só dele...mas mesmo assim vale a pena sentir o amor louco de Clarence (Christian Slater) e Alabama (Patricia Arquete), assistir a um Brad Pitt brisando com os bandidos na casa, um Gary Oldman totalmente transfigurado com dreads e olho de vidro como um cafetão branco que se acha negro, e até mesmo uma passagem relâmpago de um Samuel L. Jackson no começo, praticamente um figurante.

Ver também (ou não) Assassinos por natureza (Natural born Killers - 1994) Direção de Oliver Stone, roteiro adaptado de história de Quentin Tarantino. Juliette Lewis e Woody Harrelson são Mickey e Mallory, um casal apaixonado e louco por violência que saem assassinando pessoas pelas estradas americanas, são presos e convidados a participar de um programa de televisão tornando-se celebridades. Acho esse filme vulgar, poluído e superestimado.

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