quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Filmes para sobreviver ao anti-cristo brasileiro

Faz anos que eu não escrevo nada nesse blog, mas agora com a possibilidade de ócio, achei válido voltar para esse espaço, e também por que como não fazia há certo tempo tenho assistido a muitos filmes, gracias Popcorn Time! <3 p="">
O título desse post ilustra o que eu literalmente tenho feito desde o resultado do primeiro turno da eleição brasileira para presidente do Brasil, fuga! Em um balanço rápido entre a minha saúde mental que já não andava super bem pelas dificuldades de imigrar, o clima de animosidade entre familiares e amigos bolsominions, e as milhões de fake news, resolvi apelar para a sétima arte, não sem o adendo de insistir para que sigamos lendo muito, poesia principalmente, e para que meditemos.

Seguem sem mais delongas os conteúdos consumidos:

Sorry to bother you - 2018 - Direção e roteiro original Boots Riley, com Lakeith Stanfield (Atlanta), Tessa Thompson (West World), e participação de Danny Glover. Eu estava aguardando muito esse filme pelo buzz gerado principalmente na conta do Instagram de Lakeith, esse gato que eu comecei a seguir depois de assistir Atlanta de Donald Glover a.k.a Childish Gambino. Sorry to bother you, ou "Desculpe-me o incômodo", vem da mesma safra de filmes geniais como "Get out", que não se apegam muito a gêneros tradicionais como comédia ou terror, e seguem fiéis a mensagem que querem passar de maneira pop, tudo indica que esse é o futuro. Resumidamente o filme conta a história de um cara negro que começa a trabalhar em um call center e só consegue ser bem sucedido com sua "voz de branco". Foda!




Crazy Rich Asians - 2018 - Direção de John M. Chu, com roteiro de Peter Chiarelli e Adele Lim, adaptado do livro homônimo de Kevin Kwan, com Constance Wu e Henry Golding (A Small favor - outro filme incrível!). Esse filme fez bastante barulho nos EUA pelo elenco todo asiático, e o marco que é isso para o cinema caucasiano norte americano. Uma comédia romântica clássica com os melhores temas feministas, desde sororidade, mãe solo, a mercado de trabalho. Entretenimento saudável e de qualidade "para toda a família" de bem! Peguem essa nova Cinderela se não é mara?!

                      


Blackkklansman- 2018 - Direção Spike Lee e roteiro Charlie Wachtel, David Rabinowitz, Kevin Wilmott e Spike Lee, com John David Washington e Adam Driver (Girls). Um retorno de classe para o fantástico Spike Lee (Faça a coisa certa!), com produção do mesmo Jason Peele de "Get out", Blackkklansman conta a história REAL do policial norte-americano negro Ron Stallworth, que nos anos 70 conseguiu se infiltrar em nada mais nada menos que a Klux Klux Klan, do mesmo amigo do nosso presidente, David Duke, na época líder da "organização".  O filme é incrível, além do figurino, tem a tradicional trilha sonora bombada dos filmes do Spike Lee (e tem também a série dele "Ela quer tudo", no Netflix), e a óbvia contemporaneidade dos fatos. All power to the people!

                       

Ocho apellidos catalanes - 2015 - Direção Emílio Martínes-Lázaro, roteiro Borja Cabeaga, Diego San José Castellano, com Clara Lago, Dani Rovira, Karra Elejalbe e Carmen Machi. Sequência de "Ocho apellidos vascos", encontrei esse filme na Netflix aqui da Espanha, e de novo, buscando risadas, descobri que já compreendo muita piada interna da Espanha e da Catalunha. A direção e os atores são incríveis, e Carmen Machi  (El Bar), já percebi que é figura carimbada nas películas espanholas, a Fernanda Montenegro deles, if you will...

                         

Paterson - 2016 - Direção e roteiro original Jim Jarmusch, com Adam Driver e Golshifteh Farahani.  Paterson reapareceu para mim na minha rotina tradicional de olhar os comentários e porcentagem de aceitação dos críticos no Rotten Tomatoes, sempre depois de assistir a filmes, depois de assistir ao supracitado Blackkklansman, cliquei em Adam Driver e encontrei esse título que me lembrou de ter sido um dos filmes que eu queria assistir e não consegui, em alguma Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Gosto muito do Jim Jarmusch, e pela sinopse percebi que teria um match com a minha atual situação. Paterson fala da poesia do cotidiano, na história de um motorista de ônibus na cidade com mesmo nome, e no dia a dia dele com sua esposa, sem nada de glamour, com aquele gosto delícia da simplicidade adorável. Amei demais!

                     

*Bônus track para New Girl, meu novo "Friends", que me proporcionou risadas deliciosas, obrigada Jess, Nick, Schmidt, Couch, Cici e meu amorzinho Wilson!

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