Hoje eu retorno a
esse blog tão esquecido, para falar de um roteirista, diretor, realizador, que me tem feito chacoalhar o pensamento, levantar a poeira e por que não, elevar o
meu espírito: Lars Von Trier.
Como ponto de
partida, tenho seu último empreendimento, o filme Ninfomaníaca, dividido em dois
volumes, mas principalmente, o que é esse filme em relação a toda uma
convivência com as demais realizações e mensagens que ele tem passado, desde os seus 11 anos de idade, quando começou a fazer filmes com sua super 8. Antes de falar propriamente
do último, e por que eu o acho o melhor de todos os tempos - de todos os autores do mundo - gostaria de enumerar algumas características desse homem, dinamarquês, controverso
e tido como excêntrico (esse adjetivo tão mal utilizado):
Sobre Lars:
Ele é um nerd: entendendo “nerd”,
por alguém que não é meramente culto, ou especializado em algum campo do
conhecimento, mas aquele ser humano que sente tesão por informação, em seus
mais diversos teores;
Um fanfarrão: aquele
cara que em absolutamente nenhuma ocasião, vai perder a oportunidade de fazer
uma piada, Lars é muito estudado, mas não é refinado. Ele é o cara que faz
piada em enterro e cutuca a viúva pra que ela possa rir com ele;
Um genial criador de personagens: ele é capaz de criar as pessoas mais
adoráveis e ao mesmo tempo mais cruéis já vistas (daí a veracidade que emana delas), e seu êxito está em não subestimar ninguém quando
se trata da força, e ao mesmo tempo na sua capacidade de fazer o que é
considerado mal;
Um rebelde: ele subverte as emoções, não se trata apenas de
choque, ele entra no âmago, permite que criemos empatia, para depois desfigurar
nossos sentimentos e rir do nosso choro contido. Não se pode levar para o
pessoal, ele não quer atingir a mim ou a você, seu foco é a própria concepção
da sociedade, o indivíduo existe na manada, se decidir sair dessa ordem, ele é eventualmente pisoteado.
Engraçado que ele faz isso como mera demonstração do que lhe aparece, eu não acredito que ele almeje algum tipo de revolução, Lars também é realista (pessimista jamais).
Engraçado que ele faz isso como mera demonstração do que lhe aparece, eu não acredito que ele almeje algum tipo de revolução, Lars também é realista (pessimista jamais).
E por último, das afirmações, a negação:
Lars não é um cavalheiro.
Continua...
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