Sempre que eu assisto aos chamados filmes de ação eu me lembro do meu pai. Lembro que ele gritava "que marmelada!", de 10 em 10 minutos, e aquilo era engraçado. Homens comuns, ou "tiras" saltavam de helicópteros, ou recebiam dezenas de socos na cara e mesmo assim continuavam na luta, tiros que nunca acertavam o heróis, dentre outros acontecimentos. Todos conhecemos as fórmulas e aprendemos a apreciar o gênero, até o meu pai que mesmo argumentando sobre a tal da marmelada, continuava pagando pra ver quanto tempo o Bruce Wills ou o Denzel Washington iriam aguentar o time de vilões, e eles sempre aguentavam. Até chegar uma dupla de irmãos para revirar todo esse modelo. O mais velho deles, Christopher, ja é bem conhecido por ai, ele nos entregou filmes maravilhosos como Amnesia, Inception e nesse ano a maior trilogia dessa última década (ouso dizer?). É claro que sempre teremos Coppola, Al Pacino, Brando e De Niro para rever a maior de todos os tempos, mas a saga do Batman é algo que faz uma despretensiosa cinéfila como eu refazer os votos de amor à telona.
Voltando aos irmãos, temos além de Christopher, Jonathan Nolan, o roteirista. Eu vou me conter ao ultimo filme da saga, The Dark Knight Rises (2012).
Quem estuda roteiro sabe que filmes são feitos de obstáculos, conflitos. Postos os obstáculos, temos os personagens, o protagonista e como, em coerência com toda a sua construção de caráter, vai conseguir transpor esses obstáculos. Eu não direi muito mais que isso, mas agora recém saida do dia dos Pais, eu desafio o meu velho a assistir a esse filme, eu o desafio a achar uma marmelada sequer, por que é impressionante o que esse roteirista, em parceria com esse diretor, fizeram com esse dito blockbuster. Dá gosto.
Post escrito em agosto/2012.
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