Eu assisti a Tropa de Elite 2 (2010). A Equipe todos conhecemos, diretor José Padilha, estrelado como nunca antes algum filme brasileiro o foi, por Wagner Moura, o mundialmente iconico Capitão Nascimento, com roteiro produzido por uma tropa, do trocadilho proposital, Bráulio Mantovani, baseado em argumento de José Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani. Acompanhei tanto a pré produção (online), desse segundo filme, já li tantas críticas (todas positivas, e seguindo a linha da grife, crítica que transcende do âmbito meramente cinematográfico), e então fui eu mesma assistir. Eu fiquei arrepiada e um tiquinho eufórica depois do gancho das primeiras cenas, quando eles nos deixam perplexos com algum acontecimento (da mesma forma que acontece no primeiro, e seguindo uma linha meio Tarantinesca, que eu adoro), e depois explodem na trilha tema do Tijuana. No plano geral e levando em conta o receptor da mensagem, eu no caso, uma otimista de plantão, fiquei bem chocada com o final. Quem espera encontrar resquícios do primeiro filme, vai sair no mínimo desapontado. O segundo filme, como toda grande sequência deve ser, brilha sozinho e com própria personalidade, (vide a segunda parte de Poderoso Chefão por exemplo, que consegue superar a primeira). Tenho certo receio da chamado "voice over", a narração de Nascimento, aquele comentário contínuo que acompanha a ação, explicando-a muitas vezes de forma levemente excessiva, mas por outro lado, não consigo imaginar esse filme sem esse recurso. Como Tropa de Elite (o primeiro), pelo menos pra mim que mergulho na "realidade" mostrada, a projeção pesa, me deixa pensativa, e por muitas vezes até um pouco deprimida. O veredicto (pra mim), fica entre o "é essa merda ai mesmo" e o "vamos acordar pessoal!". É de se pensar, e reassistir, e discutir, e pensar nele quantas vezes forem necessárias, filmaço, nacional, com conteúdo, e sucesso retumbante de bilheteria, um orgulho! E é isso resumindo o "inrresumível".